Monday, January 25, 2010

outra de mim

tenho saudades da sua companhia, de ir na sua casa e contar tudo, de ver um livro novo, ouvir suas opniões e dar risada. queria ter ficado mais perto e dar um nó cego na nossa amizade, mas não deu. o menino chato insistia em roubar minhas lágrimas. roubou tantas que fiquei cega por um tempo. e você foi embora e eu nem dei tchau. eu que já tinha namorado a distância, que não tinha medo de nada e achava a vida colorida, vê que agora está sozinha, acuada e cinza.
queria que você estivesse por perto para colocar um pouco de cor por aqui. hoje, colho migalhas de notícias sobre você. e fico feliz em saber que está tudo muito bem com você. que você cresceu e casou. virou mulher. mas eu ainda insisto em ter saudades da minha amiga que eu visitava e trocava desenhos nas aulas. essa nunca vai crescer....

saudades de um tempo que não volta nunca mais....

Wednesday, January 06, 2010

rise...

sou uma pessoa que trabalha das nove da manha as dez da noite, que está arrumando coisas para fazer na madrugada como se isso fosse uma maneira de parar o tempo para que o dia de amanhã não chegue e eu tenha de ir trabalhar novamente. E isso comecou desde quando comprei esse computador....

Ele me trouxe a vida de certa maneira. Com ele comecei a me reconectar com as pessoas que a muito não tinha mais contato e que gostaria de voltar a ter. Que pena, não deu certo. A amiga de longe, não é mais tão amiga, pois como está em outro país e fez mochilão tem milhares de novos amigos e colocou numa gaveta aqueles que não estão muito perto. Não é julgamento, juro. Apenas conclusão.

Um passou por tantas metamorfoses na minha ausência, que só acompanho por fotos, para se algum dia encontra-lo na rua, sei quem é. O outro acha que eu o abandonei por não sair mais nas baladas ou por não ter mais tempo de ficar de papo com ele. O pessoal da cidade da onde estava, antes da Babel, morreu pelo visto... engraçado como a verdade sempre aparece, né?
Bastou eu me afastar, sem nada para oferecer em troca (como de costume) e nem sombra ficou para trás.

Esses dias li que o que define o caráter das pessoas, em grande parte, são os amigos.
E quem não tem amigos? Vira filho de chocadeira e está nas mãos de Deus?

Outro dia, tirei no biscoito da sorte algo assim:
"Os passáros que tem as asas tortas, aprendem a voar mais cedo."

Sempre me achei alguém que não pertence muito a esse mundo, a minha família, a essa vida. Isso faz de mim uma eterna descontente e insatisfeita? Fiz duas faculdades. Nunca consegui ficar mais de um ano no mesmo emprego (exceto esse que eu trabalho das nove as dez), e conheci muitas pessoas. Mas são tão poucas as que mantenho contato hoje.

Dizem que os colegas vão, os amigos ficam. Acho que agora devo mencionar que confio apenas em duas pessoas, o atual namorado e uma amiga do trabalho. (milagres acontecem, fiz uma amiga no trabalho!!)

Durante muito tempo, acreditava piamente que amizades eram relações de interesse na forma mais pura. Se eu sou sua amiga, é porque vejo os benefícios que a sua amizade pode me trazer: companhia, apoio, consolo, quebrar o galho, empréstimos, cumplicidade. Hoje em dia não tenho opnião sobre amizade. A não ser que não a tenho.

Teoria I: O ser humano é interesseiro (egoísta) por natureza.
Devemos julgar? Não. Apenas aceitar. Afinal, cada um é um, com uma história e valores diferentes, certo? Não temos outra escolha. Concorda? O desgaste de lutar contra isso, não compensa.

Talvez a relação que tenho com o pessoal que ficou longe, seja sincera. Agora somos apenas "conhecidos". Não esperamos mais nada um do outro.

O que me leva a outra teoria, mas isso é assunto para a enrolação de amanhã...